Alegando que a região onde o programa estava sendo executado possui alto potencial arqueológico, o Ipham impôs várias condições para a continuidade das obras, inclusive a contratação de equipes formadas por cinco arqueólogos, cinco técnicos em arqueologia (um para cada empresa que executa o Luz para Todos), além de estrutura de apoio das equipes de campo (dez auxiliares braçais, hospedagem, alimentação, transporte, motorista, combustível, material de campo (ferramentas) e de escritório, cinco GPS, cinco notebooks, cinco máquinas fotográficas, rádio para comunicação, dentre outros, com custo orçado em R$ 228 mil.
Prejuízos
O Programa Luz para Todos, executado pela Eletrobras Distribuição Piauí, está com as obras suspensas desde julho do ano passado em 62 municípios do Sudoeste do Piauí por determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que alega possíveis danos aos sítios arqueológicos existentes na região com a implantação da rede elétrica.
A suspensão do programa prejudicou o cronograma da Eletrobras para realização de 3.804 ligações em andamento e de 7.262 já licitadas. “Essa determinação do IPHAN está prejudicando pessoas que tanto necessitam do Luz para Todos, especialmente, porque vivem no sertão do estado, onde a energia é ainda mais fundamental. Nessa época quente e seca, a energia é necessária para a instalação de bombas em poços comunitários de abastecimento d’água, escolas municipais, postos de saúde, assentamentos e centros de produções comunitários”, acrescentou o assessor da Presidência da Eletrobras-Piauí, José Salan.
Segundo João de Deus, a intervenção das redes do Luz para Todos é mínima, já que na execução das obras, a distância média entre os postes é de 130 metros e as cavas onde se implantam os postes são 1,6 metros; a largura máxima da abertura de faixa para a rede de distribuição é de 5 metros e a vegetação é conservada a uma altura de aproximadamente 20 centímetros do solo.
Fonte: Ascom/Alepi