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Atriz brasileira fala sobre cena com Downey Jr. em 'Homem de Ferro 3'

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Luciana Faulhaber aparece no primeiro encontro de Tony Stark com o vilão Mandarin.

Quando assistir ao "Homem de Ferro 3", você verá um rosto brasileiro na tela. Carioca de Ipanema, a atriz Luciana Faulhaber, de 30 anos, fez sua estreia em uma grande produção hollywoodiana no longa da Marvel. Ela contou à reportagem do portal UOL como foi fazer parte do primeiro encontro de Tony Stark (Robert Downey Jr.) com o vilão Mandarin (Ben Kingsley), enquanto dividia uma cama com outra atriz.


Luciana, que foi para os Estados Unidos há dez anos como bolsista para estudar biologia, começou trabalhando como professora, até decidir fazer aulas de teatro nas noites pós trabalho. "Venho de uma família tradicional e a opção de estudar arte não existia. O combinado era ir pra faculdade e estudar um tema sério, depois da graduação eu poderia fazer o que quisesse", disse ela.

Para conseguir experiência e mostrar o seu trabalho para produtores, já que precisava conseguir contatos para começar no cinema, a brasileira teve a ideia de criar um longa de terror financiado por um fundo colaborativo, produzido antes da estreia de "Homem de Ferro 3", que chegou aos cinemas brasileiros no dia 26 de abril.

Como foi atuar com Robert Downey Jr e Ben Kingsley?
Luciana Faulhaber - Não poderia ter sonhado com nada melhor. Como nos divertimos na gravação! Os dois são super simpáticos, dedicados e gentis. Conheci o Sir Ben no set, na hora do ensaio. Descobri que ele é casado com uma brasileira, uma conexão bem próxima de casa. Gravamos uma cena para minha personagem e o Sir Ben se voluntariou para ficar no set e passar minhas falas fora de cena. Isso não acontece com frequência, fiquei honrada. Quando acabei uma cena de close, Robert virou para mim e disse que fiz um bom trabalho. Agradeci e segurei a peteca, mas fiquei super feliz. Eu levo meu trabalho muito a sério e ver outro profissional de tantos anos de experiência reparar no meu trabalho foi bem legal. Robert é muito bacana. Trabalhar com eles foi uma escola.

Como o diretor Shane Black te ajudou na gravação?
Foi uma experiência maravilhosa. Trabalhar com alguém tão talentoso realmente foi um presente. A calma com que ele dirige seus atores me ajudou a manter a calma também e me divertir na gravação. Ele trata todos no set com respeito e bondade. Uma pena que durou pouco. Adoraria trabalhar com o Shane novamente em um projeto em que eu possa desenvolver a história do personagem.

Onde sua cena foi gravada?
Nós gravamos em Miami. A locação era uma casa antiga em que eles reconstruiriam esse mundo do Mandarin por dentro. Eu nunca tinha visto nada assim, um set com tanta gente trabalhando e como funcionava tudo perfeitamente. Um verdadeiro trabalho de equipe. Foi aí que entendi a responsabilidade do ator em um filme. Quando entramos no set para gravar, aquele mundo consistia em horas de trabalho de todos e investimento do estúdio. Fico feliz em mostrar meu talento e profissionalismo de papel a papel. Aqui nos Estados Unidos aprendi que não tem como cortar caminho. O que paga é honestidade, bondade e trabalho duro.

Qual a dificuldade em ser uma brasileira tentando a vida em Hollywood?
Tem tantas dificuldades que a lista seria gigante. Tento sempre me focar no positivo. O mais difícil é a saudade do Brasil e do apoio da família Quando o filme estreou no Brasil recebi tantas mensagens gostosas de apoio e carinho que me deixou muito feliz. Mas aquela coisa de não ter a família por perto quando você quer correr para o "colinho da mamãe" realmente faz você crescer mais rápido Cada minuto que passo aqui lutando por trabalho, luto não só por mim, mas pela minha mãe e irmã também A motivação é três vezes mais forte.

Você acompanha o cinema brasileiro atual? Tem vontade de trabalhar com algum ator ou diretor em especial?
O cinema brasileiro tem se desenvolvido muito nos últimos anos. Trabalhar em casa, contanto histórias do meu povo, é algo que quero muito fazer. Quero muito trabalhar com Walter Salles. Ele tem uma maneira de ver e contar a experiência humana que acho poética. Já com José Padilha, pelo que li e assisti sobre seu trabalho, adoraria trabalhar com ele porque me parece direto e objetivo na maneira de lidar com a história e os atores, o que dá espaço para se expor a riscos com personagens. Da minha geração tenho acompanhado também o trabalho do Selton Mello e do Afonso Poyarte. Eles têm uma maneira mais atual de contar uma história que acho muito interessante. O Márcio Garcia também tem feito trabalhos legais. E em termos de atores, Fernanda Montenegro é um ícone.

Qual é seu sonho como atriz?
Poder fazer a minha arte para todo o resto da vida e emocionar audiências como eu já me emocionei.



Fonte:  Uol

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