Segundo Lúcio Tadeu, um dos advogados, foi solicitado à polícia uma perícia nos cabos substituídos pela Eletrobras. Para a defesa da família, a troca da fiação configura como violação na cena do acidente. Nesta sexta-feira, uma tia da vítima e funcionários da empresa prestaram depoimento no 7º Distrito Policial.
De acordo com o advogado, a empresa alegou que fez a troca dos cabos por motivo de segurança, mas para ele a substituição dos fios configura em violação da cena do acidente.
“Nós requisitamos ao delegado que pedisse os cabos que foram trocados pela empresa para serem periciados. Vamos aguardar as ações emergenciais da empresa e pedir atenção especial para a família de acordo com as suas necessidades até o desenrolar do processo”, disse Lúcio Tadeu.
Durante a perícia, os técnicos recolheram parte do fio que ficou caído sob o muro da Unidade Escolar Joel Ribeiro. De acordo com diretora da escola Marilene Queiroz, no dia do acidente o colégio ficou sem energia. "Ontem (quinta) os técnicos da Eletrobras vieram trocar o fio, mas deixaram uma parte do cabo caído aqui na escola", disse.
A criança foi atingida pelo fio quando brincava na rua de sua casa, no bairro Matadouro, Zona Norte de Teresina. Hernesto Manoel teve 70% do corpo queimado após a descarga elétrica e suas duas pernas foram amputadas. O garoto não resistiu aos ferimentos e morreu na terça-feira (30).
Fonte: G1