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Seca provoca grandes prejuízos à pecuária do Piauí

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Só a região do Semiárido perdeu mais de 10% do rebanho.

Os maiores prejuízos provocados pela seca no Piauí estão concentradas na região do Semiárido, principalmente no entorno do município de Paulistana, a 452 quilômetros de Teresina. Levantamento feito pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapi) revela que as perdas chegam a 10,25% do rebanho identificado em 2011.

A única região do estado que até agora apresentou crescimento em seu rebanho foi o Sul, com 1,5%. Somadas, as perdas do Semiárido e das regiões Norte, Central e do Médio Parnaíba chegam a 61 mil cabeças de gado a menos no rebanho piauiense, uma redução de 3,47%. No levantamento - trabalho feito pelo Governo do Estado durante as campanhas de vacinação contra a aftosa - os técnicos identificaram uma perda de 16.532 cabeças de gado, o que corresponde a 10,25% do rebanho.

Na região Norte, o rebanho encolheu 7.540 cabeças, correspondente a 4,09% do plantel registado em 2011. Na região do Médio Parnaíba Piauiense, as perdas foram de 2,91%, o equivalente a 4,392 cabeças. Na região Central, desapareceram 3,83% do rebanho, o que equivale a 8.375 cabeças. A região Sul, por sua vez, apresentou um crescimento de 6.632 cabeças, fato atribuído às chuvas que permitiram a formação de novos pastos.

Para o diretor-geral da Adapi¸ José Antônio Filho, a diminuição do rebanho não pode ser atribuída apenas às mortes de animais. Segundo ele, uma parte do rebanho do vendida ou levada para outros estados. “O criador procurou alternativas para salvar o rebanho e entre as saídas encontradas estavam a venda e a remoção do gado”.

Os estragos provocados pela seca, no entanto, são enormes. José Antônio Filho revela que o rebanho piauiense vinha crescendo ano a ano chegando, em 2011, a 20 mil novas cabeças. Apesar da irregularidade do inverno, acredita que 2013 será um ano melhor para a pecuária. É que as chuvas que ainda estão caindo, inclusive no Semiárido, mesmo sem regularidade, estão permitindo a formação de pastos que vão garantir a alimentação dos animais.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Rubem Martins, acredita que a situação poderia ser ainda mais grave, não fosse as medidas emergenciais adotadas pelo governo estadual, entre elas a perfuração e recuperação de poços, contratação de caminhões-pipa e a construção de adutoras e pequenas barragens.



Por: Francisco Leal

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