Após mais de cinco dias sem apresentar qualquer estímulo motor, os médicos constataram a morte encefálica do estudante.
“É verdade, ele faleceu. Teve morte encefálica”, confirmou por telefone Carlos Juremal Sena, tio de Paulo.
Paulo Patrick lutava pela vida desde o dia do acidente. Após ser atingido por um táxi na Avenida João XXIII, zona Leste da cidade, ele não mais acordou. O adolescente permaneceu em coma desde aquela quarta-feira.
Na rede social Facebook, muitos amigos manifestam pesar pela morte de Paulo Patrick. “Cara, não consigo acreditar que nos deixou. Você vai fazer falta demais pra gente”, registrou Marina Vitoria.
“Todos nós sabemos que você está indo para um lugar melhor agora. Todos nós lembramos de tudo que você fez de bom. Todos nós choramos quando recebemos essa noticia horrível. Eu estou aqui, muito triste chorando, mas tenho certeza que Deus sabe o que faz e que tu é o cara! Te amamos Paulo Patrick”, declarou Edimar Moura, amigo do estudante.
A família ainda não divulgou o local do velório e sepultamento do jovem.
O acidente
Um grupo de jovens realizava manifestação em Teresina contra o valor da tarifa de ônibus. Eles defendiam a redução do valor da tarifa de R$ 2,10 para R$ 1,75.
O protesto começou à tarde e se estendeu até o turno da noite, sempre acompanhado por um grande efetivo de policiais militares.
Entretanto, apenas umas 20 pessoas permaneciam na rua quando a Tropa de Choque da PM surgiu. Assustados, temendo repressão, alguns dos manifestantes correram. Entre eles, Paulo Patrick.
Ao mudar de um lado para o outro da via, o estudante foi colhido por um táxi. O acidente aconteceu assim que Paulo superou a barra de ferro que separa o canteiro central do asfalto da Avenida João XXIII.
Gravemente ferido e sem identificação, o adolescente foi levado para o Hospital de Urgências de Teresina. Após ser submetido a uma primeira cirurgia, ele foi transferido para o Hospital São Paulo, onde permaneceu internado até este domingo (07), quando não mais resistiu e faleceu.
Fonte: O Dia