Aparentemente, Anderson Silva reagiu bem à perda do cinturão dos pesos-médios na noite do último sábado. Levantou-se rapidamente, reconheceu a derrota e reverenciou o algoz Chris Weidman. Mas a queda deixou sequelas. E elas já começam a aparecer. A primeira delas foi a perda da liderança do ranking peso por peso do UFC. O Spider agora é o terceiro colocado, atrás de Jon Jones e Georges St-Pierre. A outra vem a longo prazo: um arranhão na imagem que pode representar um golpe em suas finanças.
Mais do que a derrota, um risco ao qual qualquer atleta está exposto, o problema foi a forma como ela ocorreu, que mudou a maneira como o lutador é visto pelo público. De campeão inquestionável, Anderson passou a ser visto como arrogante e irresponsável — e agora também superável.
— A derrota derrubou sua imagem. Muito pela reação das pessoas. Hoje em dia, todas as empresas procuram saber o que está sendo dito sobre uma pessoa antes de associar sua marca a ela. E o que começaram a falar do Anderson desde sábado nas redes sociais é muito negativo — disse Amir Somoggi, consultor de gestão esportiva.
O marketing é importante para as finanças do Spider, que conta com os serviços da 9ine, de Ronaldo, para angariar contratos de publicidade. No UFC 162, ele exibiu três marcas no calção: Burger King, Nike e Wizard. Fora do octógono, conta ainda com os patrocínios de mais sete marcas. Recentemente, a revista SportsPro o colocou na posição 46 da lista do 50 atletas de maior apelo comercial no mundo.
— O Anderson continua sendo uma boa opção de garoto-propaganda, mas não é mais uma unanimidade. Antes, era aquele cara que você contratava de olhos fechados, porque só tinha prós. Depois da luta de sábado, passou a não ser mais, porque seus contras ficaram visíveis — explicou Fábio Wolf, da consultoria Wolff Sports & Marketing, lembrando que a decisão de deixar no ar a possibilidade de se aposentar não caiu bem aos olhos do mercado publicitário: — Um ex-atleta vale menos do que um atleta em atividade. A partir de agora, quem for contratá-lo vai ficar com uma dúvida na cabeça: e se ele se aposentar?
Agenda aberta para a revanche
A revanche já tem data para acontecer: 28 de dezembro, no UFC 168. É o que Dana White afirmou ao jornal “Los Angeles Times” — mas falta o próprio Spider topar. Um reencontro seria a melhor forma de Anderson Silva apagar a mancha da derrota.
— Ele passou a imagem de que não encarou a luta da como deveria. Se marcar a revanche, terá a oportunidade de consertar tudo e mostrar que se importa. O maior mérito dos grandes atletas é se aposentar por cima. E ele só conseguirá isso tentando a revanche — disse Somoggi.
Um novo confronto poderia render para o Spider um bônus até maior do que os 200 mil dólares da última luta (valor que receberia se vencesse).
— Essa luta só acrescentou história ao UFC. Agora, todos querem ver a revanche. Em uma luta assim, o bônus é até maior — explicou Wallid Ismail, empresário de MMA e dirigente do Jungle Fight.
Mesmo derrotado, Anderson desembolsou 12,5 vezes mais do que o novo campeão para participar da luta: 600 mil dólares (cerca de R$ 1,35 milhão) contra 48 mil dólares (R$ 108 mil) de Weidman. Mas nenhum número causa mais intriga do que a aposta de 1 milhão de dólares (cerca de R$ 2,2 milhões) na vitória de Weidman que está sendo investigada pela polícia e pelo Game Control Board de Las Vegas. O valor não é comum no MMA, principalmente num azarão.
Fonte: Extra
Mais do que a derrota, um risco ao qual qualquer atleta está exposto, o problema foi a forma como ela ocorreu, que mudou a maneira como o lutador é visto pelo público. De campeão inquestionável, Anderson passou a ser visto como arrogante e irresponsável — e agora também superável.
— A derrota derrubou sua imagem. Muito pela reação das pessoas. Hoje em dia, todas as empresas procuram saber o que está sendo dito sobre uma pessoa antes de associar sua marca a ela. E o que começaram a falar do Anderson desde sábado nas redes sociais é muito negativo — disse Amir Somoggi, consultor de gestão esportiva.
O marketing é importante para as finanças do Spider, que conta com os serviços da 9ine, de Ronaldo, para angariar contratos de publicidade. No UFC 162, ele exibiu três marcas no calção: Burger King, Nike e Wizard. Fora do octógono, conta ainda com os patrocínios de mais sete marcas. Recentemente, a revista SportsPro o colocou na posição 46 da lista do 50 atletas de maior apelo comercial no mundo.
— O Anderson continua sendo uma boa opção de garoto-propaganda, mas não é mais uma unanimidade. Antes, era aquele cara que você contratava de olhos fechados, porque só tinha prós. Depois da luta de sábado, passou a não ser mais, porque seus contras ficaram visíveis — explicou Fábio Wolf, da consultoria Wolff Sports & Marketing, lembrando que a decisão de deixar no ar a possibilidade de se aposentar não caiu bem aos olhos do mercado publicitário: — Um ex-atleta vale menos do que um atleta em atividade. A partir de agora, quem for contratá-lo vai ficar com uma dúvida na cabeça: e se ele se aposentar?
Agenda aberta para a revanche
A revanche já tem data para acontecer: 28 de dezembro, no UFC 168. É o que Dana White afirmou ao jornal “Los Angeles Times” — mas falta o próprio Spider topar. Um reencontro seria a melhor forma de Anderson Silva apagar a mancha da derrota.
— Ele passou a imagem de que não encarou a luta da como deveria. Se marcar a revanche, terá a oportunidade de consertar tudo e mostrar que se importa. O maior mérito dos grandes atletas é se aposentar por cima. E ele só conseguirá isso tentando a revanche — disse Somoggi.
Um novo confronto poderia render para o Spider um bônus até maior do que os 200 mil dólares da última luta (valor que receberia se vencesse).
— Essa luta só acrescentou história ao UFC. Agora, todos querem ver a revanche. Em uma luta assim, o bônus é até maior — explicou Wallid Ismail, empresário de MMA e dirigente do Jungle Fight.
Mesmo derrotado, Anderson desembolsou 12,5 vezes mais do que o novo campeão para participar da luta: 600 mil dólares (cerca de R$ 1,35 milhão) contra 48 mil dólares (R$ 108 mil) de Weidman. Mas nenhum número causa mais intriga do que a aposta de 1 milhão de dólares (cerca de R$ 2,2 milhões) na vitória de Weidman que está sendo investigada pela polícia e pelo Game Control Board de Las Vegas. O valor não é comum no MMA, principalmente num azarão.
Fonte: Extra