Segundo Rafael Visgueira, delegado do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, a assembleia realizada nessa quarta-feira (31) serviu para definir pontos da paralisação conforme o comunicado do presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Carlos Alberto Reis de Paula.
"Para que a greve fosse válida, o TST determinou o trabalho de 100% dos funcionários do tráfego aéreo, 70% dos empregados nas áreas de segurança e operações, além do percentual mínimo de 40% entre os demais empregados. Apesar de entendermos o caso do controlador de voo, que é essencial e não pode ser interrompida, o sindicato nacional entrou com recurso contra a determinação", relatou.
De acordo com o representante do sindicato, somente no aeroporto de Teresina são 111 funcionários, sendo que 85 deles trabalham em regime de escala de seis a oito horas por dia. "Muitos aeroportuários trabalham sobrecarregados e em péssimas condições de trabalho. Não reivindicamos somente 16% de reajuste salarial, mas reconhecimento de algumas profissões, plano de cargos e salários, entre outras melhorias nos benefícios dados à categoria", destacou Rafael Visgueira.
O sindicalista revela também que a categoria é contra a privatização dos aeroportos, pois acredita que haverá um prejuízo para toda a sociedade caso isto aconteça. Ele denuncia a falta de comprometimento da empresa com profissionais que nunca foram registrados no Tribunal Superior do Trabalho.
"Funcionários de controle tráfego aéreo e observador meteorológico, por exemplo, trabalham mais de 40 anos nessa área e nunca tiveram a profissão registrada", disse.
Para Rafael Visgueira, a paralisação nacional ainda não afetou voos em Teresina, mas a expectativa é que a partir da tarde haja atrasos em todos os aeroportos. Sobre o reajuste pedido pelo sindicato, a Infraero oficializou 6,49% e agora espera uma contra-proposta do sindicato para tentar definir a situação.
Fonte: G1