"Enfrentei vários problemas familiares e dificuldades com o consumo das drogas. "Tomei a decisão mais certa de minha vida, procurei ajuda em uma casa de recuperação para dependentes químicos, hoje me considero livre da dependência, ajudo voluntariamente a desenvolver um trabalho em forma de missão que ajuda a tirar outros jovens da droga” explica Marcos.
Para Marcos Patrício, o mais difícil é o dependente perceber e ter vontade própria para deixar o vício, fala orgulhoso de tempos atrás ter sentido vontade própria de procurar ajuda. Fazer parte do Projeto Missionário Resgate é um estímulo para ele apesar das dificuldades para manter a sede que ainda não é própria, funciona no Sítio no Bairro Socopo. O trabalho é novo, mas a demanda está cada vez maior. Afirma que seu agir tem como fundamento o trabalho voluntário, que oferece a outras famílias e aos dependentes químicos o apoio recebido quando um dia também necessitou de ajuda e acrescentou “em muitos casos, a família acha que não tem mais jeito, não tem condição financeira para pagar uma clinica de recuperação e através desse trabalho que realizamos encontra uma esperança de recuperação de um familiar” completou.
Para manter a casa, os internos fabricam alguns produtos aromatizantes caseiros para venda. Com a arrecadação e doações estão mantendo a alimentação de 28 jovens que lá se encontram. O jovem tem suporte terapêutico como terapias laborais, ensinos religiosos, pequeno serviços em contato com a natureza, ocupando a mente e desenvolvendo atividades. O Projeto Resgate precisa urgentemente de profissionais voluntários como Assistente Social, Psicólogos para contribuir nessa missão, objetivando salvar vidas, afirmam seus criadores.
Outra luta é a regularização do imóvel que abriga as instalações da casa de recuperação, há muita necessidade de apoio para adquiri toda documentação, só após a legalização, poderão conseguir auxilio e ajuda dos órgãos governamentais. No momento, eles estão sobrevivendo com apenas doações de pessoas comuns.
O estudante de 23 anos, Felipe Cordeiro Costa de Araújo disse que sua vida mudou para melhor depois que conheceu esse trabalho e hoje ajuda outros jovens a se libertar. Enfatizou que o perfil dos jovens que procuram ajuda, está relacionado ao abandono, moradores de rua tirados do seio familiar porque a família não suporta mais conviver com aquela pessoa. O trabalho é realizado, em seu primeiro momento, através de abordagem nas ruas, evangelização à noite, doações de roupas e distribuição de sopas nas madrugadas. Felipe disse que o apoio que está recebendo, o trabalho prestado pela casa é muito importante e aconselha: devemos evitar o primeiro trago ou, ao primeiro contato, procure ajuda numa igreja, uma casa de recuperação porque sozinho é mais difícil abandonar o vício. Através desse trabalho estou conseguindo me libertar, já estou com oito meses que não uso nenhum tipo de entorpecente, o tratamento é excelente, já recuperei a confiança de minha família, eu havia perdido tudo, hoje já freqüento a minha família e sou muito bem recebido, todos estão dando a maior força. “Digo a todo usuário de drogas que esse mundo no qual eu vivia não compensa que procurem mudar de vida, pois só há dois caminhos: a morte e a cadeia, assim como eu estou conseguindo vencer, outros jovem também podem”, finalizou.
O Projeto Missionário Resgate está ligado a Igreja Assembleia de Deus Missões, seus idealizadores acreditam que as atividades religiosas como palestras, cursos, cultos estão no centro da recuperação das pessoas, estimulando valores como a solidariedade e a valorização da família. O objetivo é promover a valorização da vida, incentivando a busca da sobriedade, da dignidade humana e do apoio à família, com integridade, como possibilidades de realização do indivíduo dando o seu melhor, através de testemunho de vida, para ser referência na promoção de uma vida sem drogas.
As pessoas que desejam ajudar ou prestar serviço voluntário podem se integrar ao Grupo de Voluntário do Projeto Missionário Resgate funciona em sede alugada, Sítio Socopo, através dos contatos:
86:3218-5689 /9936-1563
86:9525- 9950 /8814-9370
APPM