A situação é realidade em todo o Brasil, e mesmo aqueles que estão em “melhor” situação, como São Paulo e Santa Catarina, não estão em uma condição confortável. Enquanto o Piauí possui 51% de seus alunos reprovados - sendo 55,4% nas escolas públicas e 14,8% nas particulares – São Paulo possui um índice geral de 19%. O ideal seria que esse índice fosse de no máximo 10%.
Em situação pior que a do Piauí está apenas o estado do Pará, onde o índice geral é de 56% de repetentes nas salas de aula. A maior parte dos estudantes está atrasada mais de dois anos. A situação é preocupante não apenas pelo índice de reprovação em si, mas porque a taxa de abandono da escola é maior entre alunos repetentes.
Veja abaixo a análise feita pela publicação:
Em 3 estados brasileiros, alunos repetentes são maioria
Você tem 15 anos e está no 1º ano do ensino médio. Você olha para o lado e mais da metade de seus colegas são, pelo menos, dois anos mais velhos que você. É possível que eles já tenham reprovado, largado os estudos e depois retornado ou simplesmente começaram a estudar atrasados. Não importa: eles estão na série errada para a idade deles.
Um ambiente como esse é um prato cheio para o que se detecta no início do ensino médio em nível nacional: em nenhuma outra série, tantos alunos largam o curso no meio do ano letivo (ação conhecida como abandono) ou até terminam, mas não aparecem no ano seguinte para estudar (a chamada evasão). As reprovações vão às alturas.
Não é preciso ser estudioso do tema para saber que quem perde (muito) com isso é o Brasil, os próprios jovens e, comprovam os estudos, até seus filhos.
A situação imaginada no começo desta matéria é uma realidade estatística do 1º ano em escolas do Pará, Piauí e Bahia, os casos mais sérios da chamada “distorção idade-série”.
Nesse triste cenário, alguns estados têm lidado melhor com o problema. São, principalmente, São Paulo e Santa Catarina, os únicos onde o número é menor que 20% no 1º ano. O elogio a essas últimas unidades da federação, porém, é relativo.
“Qualquer coisa acima de 10% é pouco razoável. Em estados mais pobres, ter números perto de 20% não seria absurdo”, diz Ernesto Faria, coordenador de projetos da Fundação Lemann, sobre os índices que o Brasil deve almejar na área.
Para ele, o grande entrave hoje é o hábito de tratar a repetência como problema do aluno, e não da escola (mesmo que ela atinja metade deles!), quase não havendo estratégias para recolocá-los ns direção certa.
“O aluno que repetiu é tratado da mesma forma, sem diferenciação”, afirma Faria, que coletou os números que podem ser vistos a seguir no Censo Escolar 2012, todos presentes também no QEdu, plataforma online de dados educacionais.
Veja onde este problema é mais ou menos grave no país. E lembre: nenhum dos estados está em situação realmente confortável. Nem os melhores.
O Dia
Em situação pior que a do Piauí está apenas o estado do Pará, onde o índice geral é de 56% de repetentes nas salas de aula. A maior parte dos estudantes está atrasada mais de dois anos. A situação é preocupante não apenas pelo índice de reprovação em si, mas porque a taxa de abandono da escola é maior entre alunos repetentes.
Veja abaixo a análise feita pela publicação:
Em 3 estados brasileiros, alunos repetentes são maioria
Você tem 15 anos e está no 1º ano do ensino médio. Você olha para o lado e mais da metade de seus colegas são, pelo menos, dois anos mais velhos que você. É possível que eles já tenham reprovado, largado os estudos e depois retornado ou simplesmente começaram a estudar atrasados. Não importa: eles estão na série errada para a idade deles.
Um ambiente como esse é um prato cheio para o que se detecta no início do ensino médio em nível nacional: em nenhuma outra série, tantos alunos largam o curso no meio do ano letivo (ação conhecida como abandono) ou até terminam, mas não aparecem no ano seguinte para estudar (a chamada evasão). As reprovações vão às alturas.
Não é preciso ser estudioso do tema para saber que quem perde (muito) com isso é o Brasil, os próprios jovens e, comprovam os estudos, até seus filhos.
A situação imaginada no começo desta matéria é uma realidade estatística do 1º ano em escolas do Pará, Piauí e Bahia, os casos mais sérios da chamada “distorção idade-série”.
Nesse triste cenário, alguns estados têm lidado melhor com o problema. São, principalmente, São Paulo e Santa Catarina, os únicos onde o número é menor que 20% no 1º ano. O elogio a essas últimas unidades da federação, porém, é relativo.
“Qualquer coisa acima de 10% é pouco razoável. Em estados mais pobres, ter números perto de 20% não seria absurdo”, diz Ernesto Faria, coordenador de projetos da Fundação Lemann, sobre os índices que o Brasil deve almejar na área.
Para ele, o grande entrave hoje é o hábito de tratar a repetência como problema do aluno, e não da escola (mesmo que ela atinja metade deles!), quase não havendo estratégias para recolocá-los ns direção certa.
“O aluno que repetiu é tratado da mesma forma, sem diferenciação”, afirma Faria, que coletou os números que podem ser vistos a seguir no Censo Escolar 2012, todos presentes também no QEdu, plataforma online de dados educacionais.
Veja onde este problema é mais ou menos grave no país. E lembre: nenhum dos estados está em situação realmente confortável. Nem os melhores.
O Dia