Uma médica usou as redes sociais para publicar fotos que mostram bebês dividindo o mesmo leito na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina. As imagens foram feitas na Sala RN da unidade de saúde. O espaço recebe os recém-nascidos, mas neste caso estava atendendo crianças que não puderam ser encaminhadas para a UTI Neonatal por falta de vagas. A Evangelina Rosa é a maior maternidade pública do estado.
Segundo a pediatra, que não quis ter a identidade revelada, é comum a falta de espaço para receber os bebês. No plantão em que fez as imagens, a médica disse ter chorado ao ver as crianças no mesmo leito. A pediatra relatou ainda que na quarta-feira (11) o hospital ficou sem energia, o que provocou um caos na unidade.
“Aconteceu o atraso de várias cesarianas. O problema da maternidade não é isolado. Há muito tempo a unidade sofre com a falta de leitos e também material. Falta uma organização do poder público. O problema aqui não é a falta de profissionais, mas estrutura. Todos sabem que essa maternidade foi feita de forma provisória e até hoje a Unidade Materno Infantil não foi construída. Aqui morrem bebês dentro e fora da barriga da mãe por falta de atendimento”, disse a pediatra.
Uma funcionária da maternidade, que também não se identificou, relatou ao G1 que o problema com a falta de energia é antigo. Ela revelou que a unidade conta com apenas um gerador e que este mantém em funcionamento apenas a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nessa quarta-feira (11), um curto circuito provocou a queima de um disjuntor e até esta quinta-feira (12) vários setores ainda estavam sem energia elétrica.
Ainda segundo a funcionária, já chegou a faltar energia elétrica durante uma cirurgia e os médicos tiveram que utilizar uma lanterna de celular para continuar o procedimento. O fato ocorreu no dia 1º de setembro.
No mês passado, um residente do curso de medicina da Universidade Estadual do Piauí utilizou o seu perfil em uma rede social para publicar imagem em que os médicos usam lâmpada de emergência durante um procedimento cirúrgico.
O Conselho Regional de Medicina no Piauí (CRM) recebeu as denúncias e solicitou a abertura de uma sindicância para apurar as irregularidades na maternidade.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) convocou uma reunião de urgência para discutir os problemas da maternidade. De acordo com o diretor da Unidade de Descentralização e Organização Hospitalar da Sesapi Pedro Leopoldino, a direção da unidade terá que apresentar justificativas para a situação.
“Não há justificativa para que uma unidade gestora não tenha contratado um grupo de gerador para a maternidade e mais ainda que faltem insumos como luvas para o hospital. Vamos cobrar da direção uma resposta”, disse.
Pedro Leopoldino também disse que a licitação para a construção do Hospital Materno Infantil sairá em breve. Em janeiro, o Governo do Estado já havia assegurado R$ 56 milhões para a nova unidade, que deverá desafogar a demanda da Maternidade Dona Evangelina Rosa.
Atualmente a Evangelina Rosa conta com 248 leitos obstétricos. Além destes, ainda há 167 leitos neonatais. É a maior maternidade do estado e responsável por 63% dos nascimentos ocorridos na cidade de Teresina. Apresenta em média 1200 internações por mês das quais 900 são partos.
A maternidade é ainda campo de estágio dos cursos de graduação e pós-graduação das universidades Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Universidade Estadual do Piauí (UESPI) dos cursos: medicina, enfermagem, nutrição, assistente social, odontologia, fisioterapia e enfermagem.
G1
Segundo a pediatra, que não quis ter a identidade revelada, é comum a falta de espaço para receber os bebês. No plantão em que fez as imagens, a médica disse ter chorado ao ver as crianças no mesmo leito. A pediatra relatou ainda que na quarta-feira (11) o hospital ficou sem energia, o que provocou um caos na unidade.
“Aconteceu o atraso de várias cesarianas. O problema da maternidade não é isolado. Há muito tempo a unidade sofre com a falta de leitos e também material. Falta uma organização do poder público. O problema aqui não é a falta de profissionais, mas estrutura. Todos sabem que essa maternidade foi feita de forma provisória e até hoje a Unidade Materno Infantil não foi construída. Aqui morrem bebês dentro e fora da barriga da mãe por falta de atendimento”, disse a pediatra.
Uma funcionária da maternidade, que também não se identificou, relatou ao G1 que o problema com a falta de energia é antigo. Ela revelou que a unidade conta com apenas um gerador e que este mantém em funcionamento apenas a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nessa quarta-feira (11), um curto circuito provocou a queima de um disjuntor e até esta quinta-feira (12) vários setores ainda estavam sem energia elétrica.
Ainda segundo a funcionária, já chegou a faltar energia elétrica durante uma cirurgia e os médicos tiveram que utilizar uma lanterna de celular para continuar o procedimento. O fato ocorreu no dia 1º de setembro.
No mês passado, um residente do curso de medicina da Universidade Estadual do Piauí utilizou o seu perfil em uma rede social para publicar imagem em que os médicos usam lâmpada de emergência durante um procedimento cirúrgico.
O Conselho Regional de Medicina no Piauí (CRM) recebeu as denúncias e solicitou a abertura de uma sindicância para apurar as irregularidades na maternidade.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) convocou uma reunião de urgência para discutir os problemas da maternidade. De acordo com o diretor da Unidade de Descentralização e Organização Hospitalar da Sesapi Pedro Leopoldino, a direção da unidade terá que apresentar justificativas para a situação.
“Não há justificativa para que uma unidade gestora não tenha contratado um grupo de gerador para a maternidade e mais ainda que faltem insumos como luvas para o hospital. Vamos cobrar da direção uma resposta”, disse.
Pedro Leopoldino também disse que a licitação para a construção do Hospital Materno Infantil sairá em breve. Em janeiro, o Governo do Estado já havia assegurado R$ 56 milhões para a nova unidade, que deverá desafogar a demanda da Maternidade Dona Evangelina Rosa.
Atualmente a Evangelina Rosa conta com 248 leitos obstétricos. Além destes, ainda há 167 leitos neonatais. É a maior maternidade do estado e responsável por 63% dos nascimentos ocorridos na cidade de Teresina. Apresenta em média 1200 internações por mês das quais 900 são partos.
A maternidade é ainda campo de estágio dos cursos de graduação e pós-graduação das universidades Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Universidade Estadual do Piauí (UESPI) dos cursos: medicina, enfermagem, nutrição, assistente social, odontologia, fisioterapia e enfermagem.
G1